Luísa Pécora
Em cartaz com "O Grande Hotel Budapeste", cineasta é famoso por personagens excêntricos, muitas cores e cenas simétricasO norte-americano Wes Anderson é daqueles diretores que se reconhece facilmente: do primeiro filme, "Pura Adrenalina"(2001), ao mais recente, "O Grande Hotel Budapeste", que está em cartaz no Brasil, o cineasta criou um estilo inconfundível, marcado por muitas cores, tomadas simétricas e personagens excêntricos.
Crítica: "O Grande Hotel Budapeste" mostra maturidade de Wes Anderson
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
Imagem do filme 'O Grande Hotel Budapeste'
Foto: Divulgação
"O Grande Hotel Budapeste" não foge à regra, carregando estas e outras marcas do diretor, como o gosto por cenas em câmera lenta e a escalação de atores como Owen Wilson, Jason Schwartzman e Bill Murray.
Veja as principais características do cinema de Wes Anderson:
Personagens excêntricos, famílias disfuncionais
O diretor enche seus filmes de personagens excêntricos, por vezes depressivos, que parecem pertencer a um mundo fora da realidade ou que não existe mais. É comum, também, que ele centre a ação em uma família disfuncional (ou ao menos pouco convencional).
Vários de seus personagens são adultos que procuram a aprovação dos pais ou de alguém que funcione como figura paterna. O tema é bastante presente, por exemplo, em "Os Excêntricos Tenenbaums" e "O Fantástico Sr. Raposo".
Cores e tom pastel
Os filmes de Anderson são sempre bastante coloridos, tanto nos figurinos quanto nos cenários, marcados pelo cuidado aos detalhes (móveis, quadros, papéis de parede etc). Muitas vezes o diretor usa um tom pastel que dá ar retrô às imagens, reforçando a ideia de que os personagens vivem em um mundo e um tempo diferentes do nosso.
Tomadas simétricas
Outro sinal do extremo controle que o diretor tem de cada cena é a simetria com que elas são filmadas. A ação principal é quase sempre colocada bem ao centro, e quando a câmera se movimenta, rapidamente posiciona outra imagem no meio da tela. O traço é tão marcante na obra de Anderson que o cineasta coreano Kogonada fez um vídeo marcando a simetria das cenas com uma linha pontilhada. Veja:
Cenas vistas de cima
Kogonada também fez uma compilação para mostrar como o diretor gosta de inserir cenas vistas de cima em seus filmes. Muitas vezes elas revelam bilhetes, páginas de livros e outros objetos importantes para a história. Assista:
Cenas em câmera lenta
É comum que Anderson encaixe em seus filmes cenas aquáticas, montagens ao som de uma música conhecida e imagens vistas através de um binóculo. Ainda mais marcante é seu gosto por câmera lenta, recurso presente em filmes como "Três é Demais", "Os Excêntricos Tenenbaums", "A Vida Marinha com Steve Zissou" e "O Grande Hotel Budapeste", entre outros. Veja uma compilação de cenas, montada por Alejandro Prullansky:
Elenco numeroso e atores repetidos
Os filmes de Anderson costumam ter muitos personagens e, por isso, elenco numeroso. Entre seus parceiros mais frequentes estão Owen Wilson, Luke Wilson, Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Anjelica Huston e Bill Murray.