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"Infância Clandestina" trata da ditadura argentina pelo olhar de um menino

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Mariane Morisawa

Longa de Benjamín Ávila é o indicado de seu país ao Oscar de filme estrangeiro

As traumáticas ditaduras militares na América Latina vêm rendendo muitas tramas para o cinema. “Infância Clandestina”, coprodução Brasil e Argentina dirigida por Benjamín Ávila e exibida nesta quinta-feira (11) no Festival do Rio, recupera o drama do regime militar argentino e tem toda a pinta de ganhador de Oscar de filme estrangeiro (é o pré-indicado pela Argentina).

A história é contada sob o ponto de vista do garoto Juan (Teo Gutiérrez Romero), de 12 anos, obrigado a se chamar Ernesto depois que seus pais, Cristina (Natalia Oreiro) e Horacio (César Troncoso), do grupo de resistência armada Montoneros, resolvem voltar ao seu país após um exílio em Cuba.

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"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

Foto: Divulgação

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

Foto: Divulgação

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

Foto: Divulgação

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

Foto: Divulgação

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

"Infância Clandestina", do diretor argentino Benjamín Ávila

Foto: Divulgação

Juan começa a ir à escola, onde se apaixona por María (Violeta Palukas), mas precisa esconder de todos seu verdadeiro nome e quase tudo sobre a sua vida, o que causa problemas como esquecer-se de seu próprio aniversário e prometer uma festa que pode colocar em risco a família, formada ainda pela bebê Victoria. O menino encontra momentos de respiro na escola e com seu tio Beto (Ernesto Alterio, um destaque), que também faz parte do movimento de resistência à ditadura, mas abre espaço para momentos lúdicos.

Leia: Première Brasil se salva com um grande filme, mas deveria ser mais enxuta

Os momentos familiares, principalmente os de tensão, quando as crianças se escondem atrás de uma porta forrada de caixas ou quando a mãe de Cristina questiona suas atitudes, são bons. É especialmente engenhosa a ideia de usar animação para os momentos de violência, difíceis de traduzir na tela. O caos e a brutalidade ficam evidentes. Mas falta um pouco de personalidade às cenas do amor juvenil.

Acesse o especial Festival do Rio

No todo, assiste-se a “Infância Clandestina” sem nenhum esforço e, por isso, são grandes suas chances de agradar a um público que vê filmes estrangeiros, mas não gosta de nada cabeça. E, também, aos votantes da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Programação *

Quinta (11), às 14h e 19h, no Roxy 3.

* cheque antes de sair de casa


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